Crise sem fim: Novo Acordo volta a ficar sem água e problema antigo no abastecimento se repete

A população de Novo Acordo, no interior do Tocantins, voltou a enfrentar a suspensão do fornecimento de água nesta sexta-feira, 19, em razão de problemas no sistema de abastecimento da cidade. A interrupção reacende um problema antigo enfrentado pelos moradores, que há anos convivem com a falta de água e com a má qualidade do serviço.

O abastecimento em Novo Acordo é de responsabilidade da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS). No entanto, diante da dimensão do problema e do grande número de reclamações da sociedade, a crise hídrica no município ultrapassou o campo técnico e se tornou, inclusive, tema de embates e promessas políticas, especialmente durante a última eleição municipal. Mas, o problema segue sem solução. 

Vídeos e fotos enviados à reportagem por moradores mostram água visivelmente suja, turva e sem condições de consumo, situação que tem sido recorrente na cidade. Ao longo dos últimos anos, o site D12News publicou diversas matérias denunciando o problema e alertando, inclusive, para possíveis riscos à saúde da população, em razão da qualidade da água distribuída.

O caso já foi levado ao Ministério Público e à Justiça em diferentes ocasiões, porém, mesmo após intervenções e promessas de solução, o problema persiste, afetando diretamente a rotina e a qualidade de vida da comunidade.

Comunicado da ATS

Em comunicado divulgado à população de Novo Acordo, a Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) informou que o fornecimento de água foi interrompido nesta sexta-feira, 19, para a realização de uma manutenção emergencial no sistema de abastecimento do município. No entanto, a companhia não detalhou qual foi o problema ocorrido na rede de distribuição.

A ATS solicitou ainda que os moradores que possuem reservatórios em suas residências utilizem a água de forma consciente, a fim de evitar o desabastecimento durante o período de manutenção.

Segundo a agência, a previsão para a normalização do fornecimento é às 15h, podendo ocorrer antes, de forma gradual.

Enquanto isso, moradores seguem cobrando soluções definitivas para um problema que, apesar de antigo e amplamente denunciado, continua sem resposta efetiva.